O mundo sempre evolui, mas não faltam os momentos de retrocesso. A cada 3 passos à frente, damos um para trás. É quando resistimos a mudanças, com a intenção de manter as coisas como sempre foram. Fica mais simples e fácil de viver. A evolução é a constatação de que éramos muito atrasados e ignorantes.
SER OTIMISTA É BOM?
Nem bom, nem ruim, eu diria com certa
segurança. Não basta crer que uma coisa acontecerá para que ela aconteça
realmente. Torcer não ajuda, exceto se acreditamos e nos sentimos bem com isso.
Mas a mente não tem o poder de influir nos acontecimentos.
Alguns
sonhos se realizam, outros não. É assim com todo mundo. Mas é muito mais
agradável ter bons sonhos. Nosso cérebro, entretanto, não tem o poder de
realizar coisas, como pensam alguns. Os humanos gostam de sentir-se poderosos,
mas...
Um exemplo disso é o casamento. 90% das
pessoas que casam padecem de excesso de otimismo, ao acreditar que a
probabilidade de uma futura separação é quase zero. É quando deixamos de ser
racionais, e não levamos em conta os fatos. Queremos que seja assim, o que não
quer dizer que vá ser – muito pelo contrário. Como diz o ditado, “o amor cega”.
Estamos carecas de ouvir que as pessoas mudam
muito depois de casadas, quando então não precisam mais esconder como são e
pensam. Quando queremos uma coisa, mostramos o nosso lado melhor, mesmo que
esse melhor não seja verdadeiro.
Cientistas afirmam que nosso cérebro decide
por si, ignorando nossa tentativa de raciocinar. Quando fazemos algo, a decisão
já foi tomada 10 segundos antes. Nosso processo decisório quase sempre é
boicotado por uma ideia preconcebida, decidida por nossa mente sem ajuda do
racional. Daí que inúmeras vezes deixamos escapar detalhes significativos. O
cérebro não gosta de pensar. Funciona no Vapt-Vupt.
Por isso, implicamos com certos biótipos que
não nos agradam, associando-os a coisas desagradáveis. Depois da segunda grande
guerra, o serviço de propaganda dos EUA promoveu centenas de filmes sobre o
conflito, e os japoneses eram mostrados como maus, sorrateiros, falsos. Pearl
Harbor teve muito a ver com isso. Eu era uma criança, e não fui afetado pela
guerra, mas não gostava e tinha medo dos japoneses. Levou tempo para essa
impressão passar inteiramente.
Pavlov foi o cientista russo que descobriu o
“reflexo condicionado”, que nos ‘previne’ sobre o que está por vir. Apesar dos
avanços, nosso cérebro ainda tem muito que evoluir. Dentro de alguns milhões de
anos talvez estejamos aptos a ser mais racionais.
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