domingo, julho 27, 2014

SER OTIMISTA É SER RACIONAL?



O mundo sempre evolui, mas não faltam os momentos de retrocesso. A cada 3 passos à frente, damos um para trás. É quando resistimos a mudanças, com a intenção de manter as coisas como sempre foram. Fica mais simples e fácil de viver. A evolução é a constatação de que éramos muito atrasados e ignorantes.  




  SER OTIMISTA É BOM?

  Nem bom, nem ruim, eu diria com certa segurança. Não basta crer que uma coisa acontecerá para que ela aconteça realmente. Torcer não ajuda, exceto se acreditamos e nos sentimos bem com isso. Mas a mente não tem o poder de influir nos acontecimentos.

  Alguns sonhos se realizam, outros não. É assim com todo mundo. Mas é muito mais agradável ter bons sonhos. Nosso cérebro, entretanto, não tem o poder de realizar coisas, como pensam alguns. Os humanos gostam de sentir-se poderosos, mas...

  Um exemplo disso é o casamento. 90% das pessoas que casam padecem de excesso de otimismo, ao acreditar que a probabilidade de uma futura separação é quase zero. É quando deixamos de ser racionais, e não levamos em conta os fatos. Queremos que seja assim, o que não quer dizer que vá ser – muito pelo contrário. Como diz o ditado, “o amor cega”.
  Estamos carecas de ouvir que as pessoas mudam muito depois de casadas, quando então não precisam mais esconder como são e pensam. Quando queremos uma coisa, mostramos o nosso lado melhor, mesmo que esse melhor não seja verdadeiro.

  Cientistas afirmam que nosso cérebro decide por si, ignorando nossa tentativa de raciocinar. Quando fazemos algo, a decisão já foi tomada 10 segundos antes. Nosso processo decisório quase sempre é boicotado por uma ideia preconcebida, decidida por nossa mente sem ajuda do racional. Daí que inúmeras vezes deixamos escapar detalhes significativos. O cérebro não gosta de pensar. Funciona no Vapt-Vupt.

  Por isso, implicamos com certos biótipos que não nos agradam, associando-os a coisas desagradáveis. Depois da segunda grande guerra, o serviço de propaganda dos EUA promoveu centenas de filmes sobre o conflito, e os japoneses eram mostrados como maus, sorrateiros, falsos. Pearl Harbor teve muito a ver com isso. Eu era uma criança, e não fui afetado pela guerra, mas não gostava e tinha medo dos japoneses. Levou tempo para essa impressão passar inteiramente.


  Pavlov foi o cientista russo que descobriu o “reflexo condicionado”, que nos ‘previne’ sobre o que está por vir. Apesar dos avanços, nosso cérebro ainda tem muito que evoluir. Dentro de alguns milhões de anos talvez estejamos aptos a ser mais racionais.  

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