terça-feira, julho 22, 2014

PARA SER BOM, NÃO PRECISA AMAR

Ser bom não é o mesmo que amar o próximo, a menos que esse próximo esteja muito, muito próximo. Discordo do grande Pitágoras, que falou "Se sofres injustiças, consola-te, porque a verdadeira desgraça é cometê-las". Sabe disso aquele que foi condenado injustamente. 



  A VERDADE SOBRE ‘FAZER O BEM’
 
  Fazer o bem pode significar muitas coisas; posso até ser considerado cínico, mas fazer o bem a si próprio também é praticar uma boa ação. Quem disse que fazer o bem significa apenas beneficiar muitas pessoas?

  Muita gente de mau caráter já praticou o bem para milhões com a intenção de satisfazer sua própria vaidade, aumentar seu prestígio ou apenas auferir lucros. Nunca sabemos qual a intenção de alguém que faz um bem para a coletividade.

  Estou falando de todo mundo, sem exceção; se bem que os políticos são os mais repugnantes e mal-intencionados. Sempre. Pessoas sem fama ou prestígio são exatamente iguais; a diferença está na menor abrangência do grupo beneficiado.

  Está um pouco confuso? A culpa é do próprio tema escolhido, muito complexo para ser tratado em poucas palavras e sem muitos exemplos. Até quando fazemos ‘o bem pelo bem’, sem qualquer vantagem imediata, ainda assim consideramos a possibilidade de uma recompensa, nem que seja, para alguns, na outra vida – se houver. Nem sempre essa recompensa volta em forma de valores pecuniários. Há casos em que alimentar a vaidade é o maior motivo.
  Não tenha dúvida: O bem só é praticado quando vislumbramos uma retribuição futura. Observe que ‘as próprias religiões estimulam esse comportamento’; para todo bem que fizermos, seremos ‘recompensados por Deus’. Seremos? Duvido muito! A prova disso é que sempre ouvimos a constatação geral de que “quem é bom, quase sempre de dá mal”.

  Acredite nessa verdade: O bem precisa ser conveniente a quem o pratica.

  Mesmo quando fazemos uma bondade com “o chapéu alheio”, nunca deixamos de pensar o que isso vai nos render. Rende, algumas vezes é uma oportunidade que criamos para provar nossa bondade – o que ajuda em matéria de credibilidade.
  O ser-humano é movido pelo interesse. É um mestre na arte de fazer-se parecer melhor do que realmente é. Nossas ações nesse sentido obedecem a uma espécie de ‘piloto automático’. Mesmo inconscientemente, sempre fazemos uma avaliação da ‘taxa de retorno’.

  Nem tente se convencer que você é diferente. Não é



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