Uma cena do filme francês "Você Gosta de Brahms?", em que a linda Ingrid Bergman contracena com o apaixonado Antony Perkins. O filme é inesquecível - para alguns.
FILMES FRANCESES
Adoro filmes franceses. O leitor talvez não
aprecie, por estar ‘habituado’ com filmes americanos, em geral com muita ação e
movimento. Hollywood raramente nos brinda com um filme que nos faça refletir
sobre o nosso modo de viver. Não tem filosofia – a não ser a que cultua o
imediatismo e mexe com nossa adrenalina. São filmes sensacionais,
principalmente por envolverem cifras gigantescas, produzidos com a única
intenção de ganhar dinheiro.
Filmes europeus são recheados de realidades
controversas, e quase sempre nos fazem viajar para dentro de nós mesmos. Não
possuem a técnica inegavelmente superior dos americanos, no que concerne a
manipulação de imagens ou um colorido quase perfeito. Já as histórias, essas
deixam muito a desejar.
Uma coisa que percebi nos filmes europeus é
que sabem contar uma história. Uma pequena ideia de mostrar um detalhe do
relacionamento entre pessoas pode ser um grande filme. É o caso de “Você gosta
de Brahms?” – título original em francês ‘Aimez-vous Brahms?’. Estrelado por um
elenco de tirar o fôlego (Yves Montand, Ingrid Bergman e Anthony Perkins), é
para ser visto com várias idades, pois em cada fase da vida temos uma opinião
sobre esse triângulo amoroso impagável. A terceira sinfonia de Brahms é o fundo
musical que embalou a melancolia dos corações dos personagens. Importante: o
filme é fiel ao livro de Françoise Sagan.
Um filme francês sempre vai fundo nas
emoções mais comuns a todos nós. Os viciados em ações absurdas e impossíveis
dos filmes americanos consideram o francês muito parado, monótono até. É uma
questão cultural, em qualquer sentido que você quiser.
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