O mais complicado é alguém decidir dar o primeiro passo.
Os homens refletem durante toda sua
existência, uns mais, outros menos – estes infelizmente são a maioria.
Entretanto, no fim de mais um ano do nosso calendário, é quando lembramos os
erros e acertos do passado recente e projetamos nossos desejos para o futuro.
Tudo inútil. O tempo não para de correr, independente do número com que o
denominamos. Nossa dor não acaba com a retirada de cena do ano que findou, nem
nossa alegria começa com o novo, que não é mais do que a prossecução do antigo.
Nós somos a continuação viva dos genes dos
nossos antepassados, com novos conhecimentos adquiridos, mas com o velho e mau
caráter. Criamos leis para nos proteger dos muito maus, mas as burlamos quando
nosso interesse fala mais alto. É um equívoco acreditar que estamos melhorando.
Esse tipo de progresso leva milhões de anos, e irá acontecer naturalmente,
independente de leis ou regras sociais.
Somos coerentes com nossas origens de
homens das cavernas quando desejamos ‘tomar’ o que não nos pertence, enganar os
mais tolos, e agimos com a mesma barbárie que condenamos num Hitler ou num
Átila. Matamos quando sentimos fome, quando sentimos raiva, quando somos
gananciosos, e até quando não temos motivo algum. Não vejo solução para a
humanidade. Está muito difícil viver. As coisas acontecem numa velocidade que
não conseguimos acompanhar. Entendo que qualquer religião é tão verdadeira quanto a história do bebê que, com três dias
de nascido levantou do seu berço, pegou um punhal e esfaqueou o bebê do berço
ao lado.
Filosoficamente, o mundo se esgotou na sua
própria impossibilidade de ir adiante. É que somos mal feitos. Precisávamos
fazer um recall. Melhor dizendo, o problema é que estamos nos conscientizando
que somos diferentes do que gostaríamos de ser. Quem sabe aí está o caminho?
Pode ser, mas ainda assim levará milhões de anos.
Este artigo não pretende nada. Eu apenas
estava pensando alto.
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