GUERRA DOS SEXOS
O nome serve para filmes e romances sobre
relacionamentos entre homem e mulher. Soa atraente. Soa bem. Felizmente, essa
guerra não existe, apesar de quererem nos fazer acreditar que ela está aí. O
motivo? Não interessa a nenhum dos lados do conflito. Esse tema rende muita
grana. Escritores, dramaturgos, roteiristas sintonizados, psicólogos, editores,
a mídia como um todo, diretores de TV e cinema, todos ganham dinheiro com a as
tentativas de entendermos o que está acontecendo com os relacionamentos
afetivos.
Então, qual a razão para esse assunto nos
deixar tão ‘grilados’? É que, sugestionados pela ideia de guerra dos sexos,
queremos nos dar bem. Em milhares de anos, os gêneros masculino e feminino
sempre agiram como nos dias atuais. Da mesma forma como Sócrates dizia e hoje
os ‘filósofos’ repetem tudo, com outras palavras. A nossa mente não mudou, o
que mudou foram as estratégias utilizadas por cada sexo, que tendem acompanhar
a evolução dos costumes. A mulher-dama de ontem é a piranha de hoje.
Conforme nos mostra a história, de tempos
em tempos as regras da moral se alteram e, consequentemente, as nossas atitudes.
Mas para quem souber observar, o objetivo de ambos os sexos continua o mesmo:
viver bem com o ‘inimigo’. O que está
faltando é a mudança de alguns paradigmas, coisa que ocorre muito lentamente.
Um exemplo? Que tal o juramento que os casais fazem ao contrair núpcias? Existe
algo mais obsoleto do que o “até que a morte os separe, em nome de Deus”? E o
“na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza”? Numa época em que podemos nos
divorciar até sem advogado, apenas comparecendo ao cartório?
Essa guerra não passa de pequenas batalhas,
muitas vezes causadas pelo simples fato de que “Descobrir é mais gostoso e
fácil do que colonizar”. Eu não devia, mas vou explicar melhor: descobrir sobre
as qualidades e defeitos do outro é emocionante; tentar torná-lo o que
gostaríamos que fosse é impossível. Lembre-se de que nós mesmos não somos o que
gostaríamos de ser.
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