ESTA CENA AINDA VAI SER VISTA POR MUITA GENTE. ENQUANTO ESSE SAFADO EXISTIR, HAVERÁ ESPERANÇA.
CONTINUIDADE DELITIVA
Não sei se entendi direito. Encorajado por
amigos, assisti, por apenas alguns minutos, o julgamento do mensalão. Essa tal
“Continuidade Delitiva” pretende matar a ‘reincidência’? Me pareceu, na
prática, significar que se Jack - o estripador – tivesse sido preso na
Inglaterra quase medieval da época, ele só poderia receber a pena por um único
crime, ficando os subsequentes como uma continuidade do primeiro. Dever-se-ia,
portanto, anular todas as penas de pessoas conhecidas como ‘serial killer’,
atribuindo ao condenado apenas um único assassinato. É o Brasil ensinando ao
mundo como fazer julgamentos.
CARIOQUICE
Um amigo foi a uma agência lotérica fazer
uma ‘fezinha’, e ouviu o sujeito que estava logo à sua frente, dizer à
atendente: “Na mega, me faz dois Marco Aurélio”. Ante o espanto da moça, que
não sabia o que fazer, acrescentou: “São duas surpresinhas”. Em seguida, pediu
que fizesse uma “Lewandowski”. Com um sorriso sem graça, a atendente pediu para
o cliente ser mais claro. O gaiato gozador esclareceu que se tratava de uma
‘teimosinha’. Quem ouviu e entendeu a alusão ao julgamento, riu. Quanto ao
ministro Marco Aurélio MeLLo, lembro aos leitores que “Bananeira não dá maçã,
dá banana”.
BUROCRACIA JURÍDICA
Todos sabem e se queixam da burocracia da
justiça, que atinge qualquer cidadão, indistintamente. Nos tribunais, a
burocracia tem início na própria linguagem adotada, tão reprovada quanto ‘letra
de médico’ em receita. Isso nos obriga a ter que consultar um advogado
tradutor, para nos dizer o que foi dito. Nunca saberemos se a nossa mãe foi
xingada ou se a expressão utilizada era em latim. Para nós, leigos, nos parece
um latido ou grunhido.
TENTATIVA DE SUBVERTER
Pareceu-me, como leigo, que houve uma
tentativa extremamente sutil e bem urdida de anular o julgamento inteiro, para
proceder uma reinterpretação das leis, o que seria algo desmoralizador ante
qualquer colegiado jurídico, e um desrespeito aos milhões de cidadãos que
acompanharam o julgamento pela televisão.
REALIDADE
Desafio que exista uma só instituição
pública, seja federal, estadual ou municipal sem que pelo menos um corrupto
atue nela. Numa creche municipal, aparentemente (pelo próprio tamanho) não
haveria irregularidades. Mas várias podem ser observadas, como nepotismo ou até
mesmo desvio da merenda escolar, até uma simples troca de cano ou conserto de
muro. Somente quando reconhecermos que somos um país corrupto, poderemos partir
para o combate à prática criminosa.
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