A EMOÇÃO DA COPA
Esta copa não é para o povo, que gostaria de
ir aos estádios. Mas os “clientes” da Fifa pertencem às classes A e B. Para
alguém da nova classe média conseguir um ingresso, é preciso mais que sorte; ou
o cara deixa de comer por 15 dias, ou assalta a padaria da esquina.
A federação do Blatter pintou e bordou no
Brasil; decidiu tudo como se o país fosse propriedade deles; mudou até leis. A
culpa não é da FIFA, mas de quem se submeteu a ela. Nós é que permitimos essa
humilhação.
Esse papo todo é por causa de uma conversa
que tive com um conhecido, desses que acham que quanto pior, melhor. Ele
ponderou: o torneio poderia se realizar em qualquer país do mundo – e a maioria
dos brasileiros iria assistir tudo pela televisão. Aqui vai ser assim, pela
tevê.
Meu conhecido disse que torceria por um
suspense provocado por protestos e embates com a polícia. Seria mais
emocionante. Ficaríamos diante da televisão, assistindo o quebra-quebra e na
dúvida se seria ou não realizada a partida. Mas o exército acaba garantindo
tudo, menos o contrabando em nossas fronteiras. Um exército de Brancaleone.
Durante e depois da copa, nossas melhores
mulheres serão exportadas para servir de escravas sexuais em países cuja moral
não permite a prostituição de suas próprias mulheres. Geralmente países com
moral islâmica. As com mais sorte, irão para a Europa Ocidental.
Mas nada poderá tirar o brilhantismo do
campeonato. Nem as palavras amargas do Nazário, nem as idiotices do ministro
dos esportes. Será um sucesso financeiro, que é o que importa.
Minha opinião é que, aconteça o que
acontecer, Dilma Roussef vai pagar um alto preço pela sua incompetência.
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