Na década de 1950, bundão era apenas uma bunda grande, desproporcional. Agora, o significado da palavra mudou; bundão é um cara bobo, que não percebe as coisas.
VELHAS PALAVRAS, NOVAS ACEPÇÕES
Qualquer semelhança destas linhas com as
décadas de 1950 a 1970 não é mera coincidência. Aqueles anos ‘dourados’ - quando
o nosso país era exatamente como é hoje (falo da esculhambação), e os nativos
sobreviviam sem conhecer o significado real das palavras ‘verdade’, ‘moral’ e ‘certeza’
- diferem dos dias atuais apenas nos quesitos relacionados à modernização da
‘cara de pau’.
Assim, permito-me atualizar os leitores com
alguns ‘avanços’ dos costumes, ocorridos nesses quase 60 anos – para o que escolhi
um formato tipo dicionário – em que novas acepções das palavras deixam os mais antigos
confusos.
Virgindade – Desde o final do século
passado houve mudanças; naqueles tempos, a moça ser virgem – aliás, quando não era
virgem não era ‘moça’ – era uma exigência do mercado de maridos. Pela falta de
uso, essa palavra não mais se aplica para casos de himens perdidos na
adolescência. O que era um motivo de orgulho, passou a ser vergonha.
Politicamente correto – Essa expressão
não existia. Era mais fácil fazer piada, sobre qualquer coisa. Afro descendente
era apenas e somente crioulo, o cara que não tinha uma perna era mesmo perneta
ou simplesmente ‘aleijado’, e o ‘9 dedos era apenas um ladrão sorrateiro – hoje
é presidente. Cego era cego, e não deficiente visual. De lá para cá, a única
expressão que se manteve é “filho da puta”, que continua servindo para
denominar juízes de futebol, políticos e canalhas de qualquer espécie.
Prostituta – Assim era conhecida a
mulher que alugava seu corpo para quem quisesse e pudesse pagar. Hoje não é
muito usada a palavra. Foi substituída por ‘modelo’, mulher fruta, ex-BBB, e
até mesmo ‘Maria-chuteira’ – a variedade é infinita.
Lua de Mel – Começava com a noite de
núpcias, e durava pouco; os homens gostavam mais, não entendo o motivo. Hoje o
nome se mantém, com outro significado. A Lua de Mel começa, em geral, logo após
o casal se conhecer. É quando a mulher tem que mostrar que é experiente,
sexualmente falando – o contrário de antigamente.
Quadrilha – Ou era de São João, ou
eram malfeitores que se reuniam para praticar pequenos roubos. Nos dias atuais,
são personagens que se unem a presidentes e governadores, para elaborar planos
de enriquecimento ilícito.
Padres – No passado, eram considerados
arautos da moral. Atualmente são ‘suspeitos’ de praticar pedofilia. Desde que
inventaram as religiões, os sacerdotes de qualquer fé sempre foram ‘comedores’.
São eles, e não os comunistas – como se dizia na época da ‘esquerda festiva’,
que comem criancinhas. Literalmente falando.
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