sábado, janeiro 26, 2013

CASAR POR AMOR? NEM PENSE NISSO!

OS CASAMENTOS MODERNOS SÃO CHEIOS DE SURPRESAS E DECEPÇÕES.  TANTO NO COMEÇO COMO NO FIM.  E A CULPA NÃO É DA INTERNET. É SUA! 



       REFLEXÕES SOBRE O CASAMENTO
 
     O casamento deixou de ser atraente. Está faltando um apelo qualquer, não sei exatamente o que é. Acho que o sucesso do matrimônio se devia ao fato de se tratar de uma prisão. Em tempos idos – mas não tão longínquos, casar não precisava de coragem. Todo mundo queria casar, precisava casar. Ainda nos anos 1960, ser macho era pré requisito de quem separava. A partir daí, sua vida virava de cabeça para baixo. As meninas até iam para a cama com você, mas não queriam casar. Você era um desquitado, figura jurídica que não existe mais. Era discriminado, uma espécie de fruto proibido que não podia amar.
 
     A pílula e o divórcio trouxeram a liberdade moral, que precisava andar de mãos dadas com a física. Foi quando quem andava “olhando de lado” voltou a ter boa cotação no mercado afetivo. A juventude de hoje não sabe o que era ser um pária afetivo. Felizmente. Conheci meninas que praticavam o coito anal para não perder a virgindade. Antes de meados dos anos 1970, vivemos uma “Era Vitoriana”.
 
     A igreja, como sempre, estava errada. Não foi o divórcio que libertou as pessoas. Foram as leis e os contratos específicos sobre divisão de bens que causaram esse ‘casa e separa’ atual.  As mulheres continuam preferindo casar, mas já aceitam apena ‘viver com’. A maioria, apesar das exceções, sente orgulho em exibir um homem como “seu”. Sentem-se mais confiantes, ou bem sucedidas – sei lá o quê. Mesmo as que alcançaram a independência financeira. É como se um homem lhes conferisse maior dignidade. Isso deve mudar com o tempo. Ou não.
 
     Dois tabus estão sendo desmistificados. Um deles é a ideia equivocada de que filhos unem o casal; no máximo, prendem duas pessoas por algum tempo. O outro é que, para ser feliz basta ‘um amor e uma cabana’; precisa de dinheiro também, para que o amor resista mais um pouco – e retarde a vontade de separação: ela chega sempre. Mas não pode ser dinheiro em demasia, pois ele acelera o processo de desgaste da união.
 
     Assim como os contratos de trabalho deveriam ser individuais, específicos, os casamentos deveriam seguir regras determinadas não pela lei, mas unicamente pelos interessados.  Talvez dentro de um ou dois séculos, a ordem social afetiva encontre seu rumo certo. Até lá, é melhor não casar.

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