quinta-feira, janeiro 24, 2013

ALTA AJUDA

PARA ESCREVER LIVROS DE AUTOAJUDA, BASTA TER CARA-DE-PAU.



     AUTOAJUDA
 

     Por se tratar de um tema quase inesgotável, tentarei abordar apenas alguns detalhes dessa filosofia explorada pelos espertos. Alguns que empunham essa bandeira não passam de espertalhões; uns poucos, podem até ser bem intencionados, mas quando constatam a impossibilidade de realmente ajudar, já estão no vício de ganhar dinheiro fácil e não mudam de direção.

 
     A explicação para o fracasso desses ‘mestres’ que escrevem tantos livros, é que o remédio para curar uma pessoa não necessariamente serve para curar qualquer outra. Ninguém jamais seguirá todos os conselhos, seja para ter sucesso no amor, no trabalho, ou qualquer outra coisa que dependa da personalidade de cada um. A medicina já aponta para soluções futuras, onde os remédios serão individuais, independente da doença ser a mesma. Cada organismo reage de forma única. As mentes também. Pedir que a Dilma use vaselina é tão impossível quanto solicitar que um dinossauro tome cuidado onde pisa. É que ambos (a Dilma e o Dino) são desengonçados.

 
     Outra coisa interessante na palavra ‘autoajuda’, é que só você, de fato, pode ajudar a si mesmo. Há cem anos Henry Ford disse que depende de você achar que pode ou não pode realizar qualquer coisa. “Em ambos os casos, você estará certo”. Por outro lado, o comportamento das pessoas nos prova, diariamente, que uma terceira pessoa pode dar uma ajuda e tanto. Tudo depende do interesse que o ‘indicador’ tem em você. Ninguém faz nada de graça.

 
     Idiotices tipo ‘pense positivo’ não servem para nada. Um conselho melhor é recomendar que você siga a sua intuição, sua primeira intuição; às vezes funciona, mas não há garantias. ‘Siga seu coração’ é outro conselho sem o menor fundamento; o coração não entende nada de estratégia; no amor, o que interessa é a satisfação sexual – fora dela, não há amor; o resto depende do seu feeling e da sua sorte.

 
     Algumas leituras de autoajuda são interessantes, mas acredite, são escritas por vigaristas que pensam que todos podem ser iguais a eles. Ser vigarista requer talento, e talento, você nasce com ele.

 

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