quinta-feira, novembro 20, 2014

RISCO DE VIDA

Em alguns casos, não tão raros, para fazer um filho é preciso muito mais do que ficar acordado. Precisa transpor obstáculos como se fosse atacar os terroristas do Estado Islâmico. Há risco de morte, em alguns casos. Risco de vida é muito mais raro.


   INADEQUAÇÕES LINGUÍSTICAS

  Muitas palavras ou termos usados no nosso idioma são inadequados. Por exemplo: “Fulano dormiu com a fulana e tiveram um filho”. Se não eram casados, dormir é um verbo mal aplicado. Se foi um caso fortuito, provavelmente eles não pegaram no sono. Para que uma criança nasça, é necessário um processo de fabricação, com ambos os pais estando bem acordados. Portanto, dizer que os dois dormiram juntos é geralmente incorreto.

  A mesma coisa ocorria, até bem pouco tempo, quando se noticiava, em rádios, televisões e jornais, que alguém havia sido atropelado e corria ‘risco de vida’. O que significa isso? Será risco de viver? Não, na verdade queria-se dizer que o atropelado corria risco de morrer. Depois de muitas décadas (ou sei lá quanto tempo), alguém percebeu o erro e agora não se fala ou escreve mais assim. Passou-se a falar ‘risco de morte’.    

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