O senhor que ostenta um diamante no peito, chama-se Queromeu, um sujeito igual à você e eu. Todos queremos o que julgamos ser nosso, mesmo que o dono seja outro. Não há quem resista à perspectiva de grandes lucros - honestos ou não.
UM PAÍS ESCULHAMBADO
Não tenha a menor dúvida: estou falando sobre
o Brasil. Não pense que me refiro à presidente, ou aos políticos; além deles,
falo também dos três poderes (todos eles), do 4º poder, a imprensa; falo de
todos os brasileiros, incluindo a iniciativa ‘privada’, uma instituição que tem
o nome que merece.
Poucos se lembram do “Queromeu”, o corrupião
corrupto, uma ave que está em todos os países do planeta, mas que escolheu fazer
seu principal ninho no Brasil. Queromeu fez parte de uma série de tirinhas
criadas pelo genial Luiz Fernando Veríssimo, há muitos anos, e fora dos jornais
não sei porque. O herói dessas charges antigas não poderia estar mais em moda
do que agora, na era petista. Mas eu quero lembrar que Queromeu existe desde
que o mundo é mundo, inclusive com forte disseminação de seu DNA através de
herdeiros pelo território nacional, de norte a sul.
Queromeu tem ninhos em toda parte, em todos
os municípios e ministérios, togados ou não. O brasileiro é um herói, que
consegue não enlouquecer com o funcionamento das instituições de toda ordem. Para
que exista corrupção no serviço público, é necessária e fundamental a
participação das empresas privadas, que usam o seu poder econômico para
prejudicar todos nós.
Um exemplo do que acabo de dizer acima é a
tal NET-COMBO, que vende o que não pode entregar. Pior, nos engana na maior
cara de pau. E você vai reclamar para quem, para o Papa? E, ainda mais grave,
de nada adianta você mudar de fornecedor: são todos iguais, desonestos e
mentirosos. No Brasil, a perversidade dá a tônica. Aquela frase atribuída ao
ex-presidente francês Charles De Gaulle “O brasil não é um país sério” é a mais
pura verdade.
O que dizer quando um ministro do Supremo
Tribunal Federal – no caso, falo de Gilmar Mendes, que disse que o Tribunal
corre o risco de se tornar “bolivariano”, numa alusão ao governo Venezuelano,
país onde tudo funciona para manter a política ditatorial. Eu pergunto: corre o
risco ou já se tornou? Dos 10 ministros atuais, 9 foram nomeados pelo Partido
dos Trabalhadores. Tudo beira a imoralidade.
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