Esse cara aí na foto sou eu. Pareço um pouco desanimado? Pois estou. Não que me faltem ideias sobre o que escrever, mas falta uma maneira diferente de dizer as coisas. Ainda mais nestes tempos de ser politicamente correto, sob pena de processos movidos por homens que não passam de amebas originais.
DILEMA DO CAPETA
Não estou satisfeito com este blog. Tanto que
quase não tenho escrito neste último mês. Meus leitores não se queixaram, mas
EU não estou contente. Preciso rever alguns conceitos – afinal não estou morto
ainda. A máscara social caiu, como estão caindo os conceitos do que é certo ou
errado.
Um exemplo disso é o que penso dos políticos,
os seres mais desprezíveis deste planeta. Eles são como os adivinhos, os
numerólogos, os cartomantes, todos vigaristas, que acreditam nas baboseiras que
fazem. No fundo, acreditam que estão certos, enganam-se a si mesmos, em
primeiro lugar – depois passam a enganar os outros. Tudo por dinheiro e
prestígio. Mas acreditam nos seu poderes adivinhatórios. Segundo o dicionário,
adivinhação – no sentido antropológico, é a “interpretação de eventos passados,
presentes ou futuros, segundo um conjunto culturalmente codificado de meios e
técnicas, postos em operação pelo adivinho”.
Nada é o que parece ser. Descobrimos essa
verdade ao refletir sobre fatos passados há muitos anos, com uma visão
diferente da que tínhamos. Nada foi o que pensávamos. Ficar no lugar dos outros
é difícil, para não dizer quase impossível.
Como eu disse, todo político entra para a
política imbuído das melhores intenções, de “fazer e acontecer”. Mas onde
começa o desvio? Essa é a questão. Li uma frase que dizia: “A história é um
conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo conveniente, num dado
momento histórico”.
Nelson Rodrigues, ficou conhecido como “o
anjo pornográfico”, por falar verdades que as pessoas gostavam (ainda gostam)
de esconder sob o tapete. Uma das suas frases que mais se adequam a este artigo
é “Hoje é muito difícil não ser canalha. Todas as pressões trabalham para o
nosso aviltamento pessoal e coletivo”.
Assim, fica complicado ser um escritor
honesto. Primeiro é preciso que se defina o que é honestidade, coisa que
ninguém sabe. Mas todo, mundo julga saber. E ser.
Este é o dilema do Capeta – encontrar uma
maneira diferente de escrever um blog, em meio ao emaranhado de conceitos
morais que são imorais.
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