quarta-feira, agosto 13, 2014

O AZAR DA DILMA




Eles estavam começando a se entrosar. Não acho justo o acaso interferir nesse lindo romance que estava nascendo. 








  EDUARDO CAMPOS: PERDAS E GANHOS

  Eu não pretendia votar em Eduardo Campos. A bem da verdade, jamais votaria num nordestino. Todos os que vieram de lá e tiveram sucesso, trouxeram problemas; Sarney, cujo nome original era José de Ribamar, Renan Calheiros, Fernando Collor e muitos outros, menos lembrados, mas muito importantes na hierarquia da máfia política.

  A morte de Campos me deixou pesaroso, não exatamente triste. Não existe perda irreparável, pois que ninguém é insubstituível. Como escreveu Billy Blanco, “o que dá pra rir dá pra chorar”. O momento é de se ficar ‘bem na foto’ e tentar prever quem perde ou ganha.

  Há apenas dois meses da eleição, não vejo liderança que possa substituir o falecido. Mas, é bom não esquecer: sempre que alguém perde, alguém ganha. Além dos órfãos de Eduardo Campos, a presidente Dilma perde, pois a oposição estava dividida, mesmo não sendo em partes iguais. Quem era oposição, vai continuar sendo. Creio que os votos da dupla Eduardo-Marina vão parar no PSDB de Aécio Neves, o beneficiário da tragédia.

  Não, não foi Deus que assim quis. Para os crentes, Ele escreveu certo por linhas tortas. Para mim, ateu convicto, foi obra do acaso imprevisível, imponderável. Coisas da sorte e do azar, como alguns preferirão dizer. A verdade é que nada explica um acidente do tipo.

  Só me resta torcer para que o Aecinho saiba aproveitar a oportunidade que o destino reservou-lhe. Dilma vai ter mais trabalho. Os votos de Campos vão migrar para o outro opositor. 

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