A frase ao lado serve para explicar porque as igrejas estão infestadas de de mulheres que ficam cercando os padres, em geral velhas e feias. Só há um tipo de mulher feia que ainda consegue um "corajoso" que as encare: é a mulher casada com o vizinho. Isso depois de muita relutância... Do que vai encarar.
A MULHER DO MEU VIZINHO
Morávamos num ap em frente ao deles. Ele era
um espanhol, alto, boa pinta, e nunca trocávamos mais que duas ou três
palavras, geralmente bom dia ou boa noite.
Certo dia, estávamos, ele e eu, de pé em
frente ao nosso prédio e começamos a conversar, mesmo sem ter assunto. Ele era
falador e parecia saber de tudo. Quando, nem sei como, falou-se em uísque – na
época a minha bebida favorita, ele perguntou a minha marca preferida. Respondi
Chivas Regal. Ele quis saber onde eu comprava. Respondi que de um fornecedor
não legalizado, ou seja, de um contrabandista. O cara foi direto: tinha um
amigo que trazia todos os meses para abastecer a adega do consulado espanhol;
se eu quisesse, ele conseguiria para mim. Claro que fiquei interessado, não sem
desconfiar que ali tinha mutreta. Mas não consegui perceber quanta.
Dia seguinte, minha mulher saiu para ir ao
supermercado antes que eu fosse para o trabalho. Logo que ela saiu, bateram à
porta e fui abrir. Era a mulher do meu vizinho espanhol, que estava em trajes
de dormir transparentes e que foi pedir alguma coisa emprestado: acho que era
eu que ela queria.
Seu corpo era interessante, mas suas pernas
tinham tantas varizes que pareciam a casca de um velho tronco de árvore. Nessa
época, com meus trinta e poucos anos, eu ainda estava inteiro e dava-me ao luxo
de “escolher” mulher pela aparência. Deixei a conversa morrer e, acreditem,
senti um pouco de orgulho de ter sido um marido fiel. Eu estava sóbrio.
Tive certo receio de que descobrissem que eu
tinha uma situação econômica melhor que as aparências e começassem a querer-me
vender outras coisas.
Moral: se sua mulher for feia, não tente dar
o golpe num vizinho com menos de setenta anos.
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