O Capeta está sempre disposto, e pronto para entrar em ação. Afinal, tenho que fazer exercícios, e não gosto de fazer ginástica em academias.
A SAUDADE MUDOU
Mudou e diminuiu. Graças ao avanço da
tecnologia das comunicações, na maioria dos casos a presença física perdeu
importância. Milagres nunca antes imaginados acontecem em cada vez mais
famílias. É o caso das mães e seus filhotes crescidinhos. Conheço uma que fala
diariamente com o marmanjo, que está na Austrália. Filho único, mas ela não
quer que ele volte. Eles se falam quase diariamente pela internet. Se veem. Se
ouvem. Trocam ideias e até discutem raramente, coisa que acontecia todo dia
quando ele estava aqui. Nesse tempo, ela cozinhava, lavava e passava para o
marmanjo. Um saco.
A grande sacada é que ‘ o que importa é
saber que está tudo bem’. Estás bem? Então fica por aí mesmo que eu preciso
viver a minha vida. É claro que estou falando de mãe normal, que já cortou o
cordão umbilical. São as que realmente acham que o escritor Gibran está certo:
“Vossos filhos não são vossos filhos, são filhos da vida...”. Eu sei que alguns
são filhos da puta, mas não estou falando desses. Nem dos pais nem dos filhos.
Para os papais, o problema é mais embaixo.
Sai do coração e estaciona no bolso. Eles não tiveram cordão umbilical. São
mais pragmáticos e precisam menos da presença física dos filhos, atualmente mal
educados e mal criados. Pelas mães, é óbvio. Enquanto esses querem educar, as
mães querem mimar. Não precisa dizer que há exceções. Eu sei disso. Mas eu
escrevo para as maiorias, apesar de eu ter um amigo invejoso que diz que ele é
meu único leitor.
Saudade de uma paixão é diferente. Essa
precisa do corpo presente, do cheiro, do sexo. Mesmo assim, há homens (sou um
desses) que, apesar da paixão, resolve com outras o seu problema de
testosterona. Lavou, tá limpo.
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