MODOS DE VER A MORTE
Bem, pra começo de conversa, todos nós iremos
morrer um dia. Deveríamos encará-la com mais naturalidade. Qualquer que seja a
idade do falecido, não sinto pena. Explico: para quem morreu, não há mais
sofrimento. Há apenas o ‘nada’.
Sofre (nem sempre) quem fica vivo. Não existe
notícia ruim. Ruim para uns, boa para outros. Sempre. Como disse Bocage em um
de seus versos, “o que dá para rir da para chorar”. Billy Blanco musicou,
lembram? Toda vez que morre um banqueiro ou um político, eu fico alegre. Acho
que todos eles são ladrões.
A escritora Martha Medeiros (que já foi
melhor), disse que “Dependendo de onde se esteja posicionado, a verdade pode
estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar”. É que cada
um vê as coisas à sua maneira, conforme seu ângulo de visão e sua conveniência.
A morte, estou convencido, traz mais alegrias
do que tristezas. Quando alguém morre, geralmente abre uma vaga de emprego. Os
bens, mesmo que só pessoais, ficam para uma pessoa qualquer. Se houver fortuna
a disputar, a briga entre os pretensos herdeiros é feroz. Falo isso porque é o
que eu vejo. O morto? Esse não está nem aí para mais nada.
Pablo Picasso não foi apenas um grande pintor. Foi um sábio.
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