segunda-feira, fevereiro 09, 2015

POLÍTICA EDITORIAL EQUIVOCADA


O universo editorial está repleto de maus escritores, escolhidos para serem publicados por gente incompetente. Por causa disso, nas prateleiras das livrarias a maioria dos títulos é medíocre: ou são difíceis de ler, ou simplesmente chatos e sem atrativos. 



     FOD* E MAL PAGOS   

  Ninguém nota, mas tudo que é dito pelos meios de informação é antecipadamente redigido. O universo é amplo, e vai da publicidade ao cinema, jornais impressos e falados, livros de estudo ou lazer, teatro, enfim, tudo que você aprende foi escrito por alguém e movimenta bilhões de reais ou dólares. Mesmo sabendo disso, “antas” que dirigem jornais ( é só um exemplo) como a Folha de São Paulo, demitem uma cronista como a Danuza Leão porque ela ganhava muito – essa foi a justificativa. No entanto, basta um analfabeto saber dar uns dribles e logo ganha o que nenhum cronista ou redator jamais sonhou.

  Mesmo gente famosa, como o escritor João Ubaldo Ribeiro, sempre que podia reclamava dos seus ganhos. Ubaldo reclamava de barriga cheia. Manoel Bandeira teve que autofinanciar seus seis primeiros livros; do contrário, provavelmente seria até hoje um desconhecido. Os editores são burros, como milhões de exemplos comprovam. Paulo Coelho escreve mal, e ficou milionário. Está tudo errado.

  O ‘QI’ (quem indica) determina as contratações de gente que não merecia o emprego. Escrever bem não importa, pois os brasileiros são ignorantes e não sabem ler; alguns até leem, mas não entendem. Nesse cenário triste, surgem os críticos – idiotas que têm a pretensão de adivinhar as intenções de quem escreve.
  Nossa imprensa é repleta de tabus, segundo a conveniência dos veículos. Como podem reclamar mais liberdade de imprensa, se eles próprios censuram o que seus redatores tentam publicar? É a mais pura hipocrisia.

  Isso ocorre tanto na música como nas artes plásticas, onde imperam os medíocres. Os descobridores de talentos são, raras exceções, os piores profissionais do mercado. Falo com conhecimento de causa: eu próprio poderia ser famoso, se tivesse aceitado ter participado do ‘teste do sofá’ – que o meio artístico e cultural conhece tão bem.

  A conclusão é: o Brasil desperdiça talentos.

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