sábado, janeiro 17, 2015

SOMOS HOMENS OU PORCOS?


Essa figura ao lado é uma pequena amostra do que fomos e do que estamos nos tornando. É a decadência dos homens. 

   ENTENDENDO A HUMANIDADE

  Mesmo não tendo a pretensão de entender a humanidade, o livre exercício do pensamento é um direito que insisto em utilizar. Não descobri a pólvora, mas posso tirar minhas conclusões sobre qualquer assunto. O Mundo vive em constantes mudanças, moderadas ou radicais. O motivo desse fenômeno é um só: viemos para cá com um defeito de fabricação, que podemos resumir numa palavra – a ‘insatisfação’.
  Se estamos cansados de ter pudor, viramos despudorados; se fazer um café do jeito que sempre fizemos fica monótono, inventamos máquinas para realizar a tarefa; até o sexo, que deveria ser uma prática simples e fácil (já que fazemos desde que passamos a habitar a terra), vira uma complicação, com especialistas ensinando novas técnicas e mudando tudo.

  Se você ainda tem dúvida, explique porque uma novidade deixa de ser prazerosa quando deixa de ser novidade. Temos uma necessidade de novas emoções, que se instala em nós de forma quase imperceptível, e gera mudanças de hábitos e costumes. Uma novidade, por mais idiota que seja, é uma novidade – e nos atrai. O ser humano é tão insatisfeito, que se todos tivessem um automóvel Mercedes e só um tivesse um velho fusca, este é que faria sucesso e chamaria atenção. Não é à toa que estão querendo comprar a “lata velha” do presidente Mujica, do Uruguai, por um milhão de dólares. O nome do nosso problema é a “insatisfação”.

  Temos necessidade de ser diferentes, para melhor ou para pior. Então, como nunca estamos satisfeitos, temos que tentar mudar, fazer coisas novas, ser admirados pelo próximo. Pior, queremos ser considerados melhores que nossos amigos e vizinhos. E é exatamente essa necessidade que nos impulsiona em direção ao crime.

  Apesar de parecermos evoluídos, na verdade somos apenas tecnologicamente evoluídos. Mentalmente, somos lentos como nos mostra o pensamento através da história. Uma ideia nova leva muito tempo para se consolidar – isso depois de muita luta e confusão. As religiões, todas, são um exemplo. Falamos da ofensa que os muçulmanos consideraram a charge sobre Maomé, mas esquecemos que a igreja católica impediu, não faz muito tempo, que a estátua do Cristo redentor desfilasse numa escola de samba, como se isso fosse uma ofensa. Não era. Era apenas uma celebração.


  Minha conclusão é: ainda levaremos milhões de anos para evoluir como raça. Somos piores que os bichos que consideramos selvagens. Eles agem com maior coerência. São a vitória do instinto sobre o raciocínio. 


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