Quando Michael Corleone abraçou seu irmão (foto), a sentença de morte já havia sido decidida. Só faltava escolher o momento certo para a execução.
DO QUE VOCÊ É CAPAZ?
Ninguém, nem mesmo você, pode imaginar. No meu
modo de ver as coisas, acredito que Hitler jamais pensou que seria esse louco
que foi. Ele era um simples soldado na primeira grande guerra, que combatia no
front. Nessa época, não havia a menor perspectiva de quem ele viria a ser.
Poderia ter morrido, como muitos dos seus pares. Uma vez mais, sorte e azar
entraram em ação. E ele chegou onde chegou.
Um caso que todos conhecemos é a história do
“Poderoso Chefão”, o Michael Corleone – uma mistura de realidade e ficção.
Quanto de mais realidade e de mais ficção? Jamais saberemos, como jamais
saberemos quem mandou matar Kennedy. Michael era um homem pacato, herói de
guerra condecorado, que nunca se meteu em encrencas. Seu pai o queria na
política, um senador ou governador. Seria para limpar o nome da família,
tirando-a da ilegalidade. Mais uma vez o imponderável tomou as rédeas dos
acontecimentos e ele foi guiado para substituir seu pai, velho e doente. Nem
ele seria capaz de prever no que se tornaria: um assassino impiedoso, que não
poupou ninguém. Pelo modo como os acontecimentos se sucederam, não há como
culpá-lo. Ele não conseguiu mudar o rumo das coisas.
O que estou querendo provar é que nada é
previsível. Nossa mente está aberta a todas as possibilidades, boas ou más. O
fato de eu ou você aparentemente não podermos sequer ver sangue, não quer dizer
que não possamos matar, com maior ou menor ferocidade. Na vida, uma coisa leva
à outra, como um redemoinho. É a ‘roda da vida’, que nunca para de girar.
Conheci pessoas realmente honestas, que
tiveram oportunidade de roubar e ... Roubaram.
É óbvio que todos temos tendências e
pendores, que facilitam uma previsão do que poderemos vir a ser. Mas tendências
não são determinantes. Conheci brigões na adolescência, que nunca brigaram na
vida adulta. Mas, em se tratando de matar, mentir e roubar, todos somos
capazes. É questão de conveniência.
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