Uma característica é comum a todos os psicopatas: mentem muito, mas há sempre multidões que acreditam nele, e o admiram. Multidões de idiotas.
SEXO E PSICOPATIA
A última que eu li dizia que Giácomo
Casanova, o grande sedutor veneziano, era um psicopata, que fazia qualquer
coisa para alcançar a cama de qualquer mulher que lhe despertasse interesse.
Pode ser, mas ele não se vestia do psicopata que povoa nossa imaginação. Bem,
mais ou menos. Casanova se utilizava de qualquer baixaria para saciar seu
apetite sexual insaciável. Ele não sentia pena nem remorso. Essa fome de sexo
pode ter sido estimulada por experiências de vida e educação recebida – mas,
com certeza, o foi pelo excesso de testosterona no organismo.
Naquele tempo (século 18), a testosterona era
uma desconhecida, ou quase. No século 20, já se conhecia os seus efeitos sobre
o comportamento da libido masculina – a insaciabilidade.
A época em que vivemos, a educação que
recebemos e a quantidade de testosterona que nosso corpo produz – uma
combinação ‘maligna’, inexplicável a não ser pelo acaso e sorte ou azar. Afinal,
quem pode ser acusado de produzir essa química dentro de si? No artigo que li,
o autor afirma que Casanova odiava as mulheres. Por isso as desprezava. Lembrei
de uma frase de Nietzsche: “Cada um de nós leva dentro de si a imagem da mulher
tirada de sua mãe: por isto é que se sente inclinado a respeitar as mulheres em
geral, ou desprezá-las, ou a sentir indiferença por elas”.
Nesse caso, cabe a pergunta: quem tem culpa
da mãe que tem? Nascemos de alguém por puro acaso, e, apesar da herança
genética que recebemos, somos diferentes por causa (penso eu) das misturas que
ocorrem durante a nossa formação física. Mas aí surge a figura do pai, que
também nos passa alguns genes, aleatoriamente, eu creio.
Mas, regra geral, é a mãe que nos influencia
e ensina; com ela aprendemos a ser o que nos tornamos quando adultos. Sem falar
no barro sujo com que Deus nos deu forma. Se Ele existe, tem culpa nessa confusão.
Se não existe, como creio, foram as religiões que nos deram alguma direção
moral para seguir. Toda moral tem suas contradições Um exemplo? No Brasil
colonial, muitos padres possuíam escravos. Não era um contrassenso?
Tenho um grande amigo que, dentro de alguns
padrões, poderia ser considerado um ‘quase psicopata sexual’. Hoje ele se
confessa arrependido das mulheres que respeitou. Despreza-as todas. Não falo do
respeito como ser humano, mas como do gênero feminino. Para ser sincero, acho
que todas as mulheres têm um potencial psicopata – que, se lermos bastante
sobre o assunto, concluiremos que todos os humanos têm. Questão de grau.
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