Falando
de dinheiro, às vezes se ganha, às vezes se perde. A vida é assim. Mesmo para quem
está habituado a vencer com muita constância, sempre haverá a hora da perda. No
entanto, há um curioso espécime da raça humana que contraria essa regra. São os
políticos. Esses privilegiados nunca perdem. O pior que lhes acontece é deixar
de ganhar uma vez ou outra. Deixar de ganhar é muito diferente de perder.
Há quem diga que banqueiros também ganham
sempre. É uma meia verdade. Para ser banqueiro (falo dos donos de bancos),
precisa um capital, e aí eles diferem dos políticos, que só precisam da ‘cara
de pau’. Banqueiros, além de dinheiro para
começar o negócio, precisam ser do ‘ramo’, para poder exercer sua avareza com
segurança.
Políticos são dispensados de ter qualquer
estudo; basta que saibam assinar o nome. Não precisam ter capital, pois usam o
dos outros. São tão danados que conseguem tirar dinheiro de banqueiro – coisa
que não é fácil. Podem chegar à presidência, sem gastar um tostão do próprio
bolso.
Conheci um que fez apologia da ignorância. Tornou-se
líder máximo de um país de iletrados. Oficializou e trouxe para a legalidade a
forma errada de falar e escrever a língua pátria. Terminou seu mandato e
continuou mandando. Como eu, ele é contra o trabalho sistemático. Como eu, ele
adora viajar.
Políticos dão o que não lhes pertence e
recebem o que não lhes é devido. Em geral são abastados – enquanto nós somos os
abestados.
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